Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 517
Filtrar
1.
Rev. panam. salud pública ; 48: e19, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1551026

RESUMO

ABSTRACT Objective. To estimate the prevalence of trachoma in indigenous and non-indigenous populations in selected areas of the state of Maranhão, in northeastern Brazil. Methods. This was a population-based survey with probabilistic sampling. For the diagnosis of trachoma, external ocular examination was performed using head magnifying loupes, at 2.5X magnification. The prevalence of trachomatous inflammation - follicular (TF) in children aged 1-9 years and the prevalence of trachomatous trichiasis (TT) in the population aged ≥15 years were estimated. Relative frequencies of sociodemographic and environmental characteristics were obtained. Results. The study included 7 971 individuals, 3 429 from non-indigenous populations and 4 542 from indigenous populations. The prevalence of TF in non-indigenous and indigenous populations was 0.1% and 2.9%, respectively, and the prevalence of TT among indigenous populations was 0.1%. Conclusions. The prevalence of TF and TT in the two evaluation units in the state of Maranhão were within the limits recommended for the elimination of trachoma as a public health problem. However, the prevalence of TF was higher in the indigenous evaluation unit, indicating a greater vulnerability of this population to the disease. The prevalence of TF of below 5.0% implies a reduction in transmission, which may have resulted from improved socioeconomic conditions and/or the implementation of the World Health Organization SAFE strategy.


RESUMEN Objetivo. Estimar la prevalencia del tracoma en poblaciones indígenas y no indígenas en determinadas zonas del estado de Maranhão, en el nordeste de Brasil. Métodos. Se trató de una encuesta de ámbito poblacional con muestreo probabilístico. Para el diagnóstico del tracoma, se realizó un examen ocular externo con una lupa frontal de 2,5X aumentos. Se estimó la prevalencia de la inflamación tracomatosa folicular (TF) en la población infantil de 1 a 9 años y la prevalencia de la triquiasis tracomatosa (TT) en la población de 15 años o más. Se obtuvieron las frecuencias relativas de las características sociodemográficas y ambientales. Resultados. En el estudio participaron 7 971 personas, 3 429 de poblaciones no indígenas y 4 542 de poblaciones indígenas. La prevalencia de la TF en las poblaciones no indígenas e indígenas fue de 0,1% y 2,9%, respectivamente, en tanto que la de la TT en las poblaciones indígenas fue de 0,1%. Conclusiones. La prevalencia de la TF y la TT en las dos unidades de evaluación del estado de Maranhão estuvo dentro de los límites recomendados para la eliminación del tracoma como problema de salud pública. Sin embargo, la prevalencia de la TF fue mayor en la unidad de evaluación indígena, lo que indica una mayor vulnerabilidad de esta población a la enfermedad. La prevalencia de la TF inferior al 5,0% implica una reducción de la transmisión, que puede haber sido consecuencia tanto de la mejora de las condiciones socioeconómicas como de la aplicación de la estrategia SAFE de la Organización Mundial de la Salud.


RESUMO Objetivo. Estimar a prevalência do tracoma em populações indígenas e não indígenas em áreas selecionadas do estado do Maranhão, na região Nordeste do Brasil. Métodos. Inquérito de base populacional com amostragem probabilística. Para o diagnóstico de tracoma, foi realizado exame ocular externo com o auxílio de lupas binoculares com ampliação de 2,5×. Foram estimadas a prevalência de inflamação tracomatosa folicular (TF) em crianças de 1 a 9 anos de idade e a prevalência de triquíase tracomatosa (TT) na população com idade ≥15 anos. Foram obtidas as frequências relativas das características sociodemográficas e ambientais. Resultados. O estudo incluiu 7 971 indivíduos (3 429 de populações não indígenas e 4 542 de populações indígenas). A prevalência de TF nas populações não indígenas e indígenas foi de 0,1% e 2,9%, respectivamente, e a prevalência de TT entre as populações indígenas foi de 0,1%. Conclusões. A prevalência de TF e TT nas duas unidades de avaliação no estado do Maranhão ficou dentro dos limites recomendados para a eliminação do tracoma como problema de saúde pública. No entanto, a prevalência de TF foi maior na unidade de avaliação indígena, indicando uma maior vulnerabilidade dessa população à doença. A prevalência de TF abaixo de 5,0% implica uma redução na transmissão, que pode ter sido resultado de melhores condições socioeconômicas e da implementação da estratégia SAFE da Organização Mundial da Saúde.

2.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00155123, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534110

RESUMO

There are few studies focused on the epidemiology of hypertensive crisis at the population level in resource-constrained settings. This study aimed to determine the prevalence and trends over time of hypertensive crisis, as well as the factors associated with this condition among adults. A secondary data analysis was carried out using the Peruvian Demographic and Family Health Survey (ENDES). Hypertensive crisis was defined based on the presence of systolic (≥ 180mmHg) or diastolic (≥ 110mmHg) blood pressure, regardless of previous diagnosis or medication use. The factors associated with our outcome were evaluated using multinomial logistic regression, and the trend of hypertensive crisis was evaluated using the Cochrane-Armitage test. Data from 260,167 participants were analyzed, with a mean age of 44.2 (SD: 16.9) years and 55.5% were women. Hypertension prevalence was 23% (95%CI: 22.7-23.4) and, among them, 5.7% (95%CI: 5.4-5.9) had hypertensive crisis, with an overall prevalence of 1.5% (95%CI: 1.4-1.6). From 2014 to 2022, a significant decrease in the prevalence of hypertensive crisis was observed, from 1.7% in 2014 to 1.4% in 2022 (p = 0.001). In the multivariable model, males, increasing age, living in urban areas, high body mass index, and self-reported type 2 diabetes were positively associated with hypertensive crisis, whereas higher educational level, socioeconomic status, and high altitude were inversely associated. There is a need to improve strategies for the diagnosis, treatment, and control of hypertension, especially hypertensive crisis.


Pocos estudios se han centrado en la epidemiología de la crisis hipertensiva a nivel poblacional en entornos de recursos limitados. El objetivo de este estudio fue determinar la prevalencia y tendencia, a lo largo del tiempo, de la crisis hipertensiva y los factores asociados a esta condición en adultos. Se realizó un análisis de datos secundarios utilizando la Encuesta Demográfica de Salud Familiar (ENDES) de Perú. La crisis hipertensiva se definió en función de la presencia de presión arterial sistólica (≥ 180mmHg) o diastólica (≥ 110mmHg), independientemente del diagnóstico previo o del uso de medicamentos. Los factores asociados a los resultados se evaluaron mediante regresión logística multinomial, y la tendencia a la crisis hipertensiva se estimó mediante la prueba Cochran-Armitage. Los datos de 260.167 participantes, con una media de 44,2 años (DE: 16,9) y 55,5% mujeres, fueron analizados. La prevalencia de hipertensión fue del 23% (IC95%: 22,7-23,4), de la cual el 5,7% (IC95%: 5,4-5,9) tuvo crisis hipertensiva, con una prevalencia general del 1,5% (IC95%: 1,4-1,6). En el período 2014-2022 se constató una disminución significativa en la prevalencia de crisis hipertensiva, del 1,7% en 2014 al 1,4% en 2022 (p = 0,001). En el modelo multivariable, el sexo masculino, el aumento de la edad, vivir en áreas urbanas, el alto índice de masa corporal y la diabetes autoinformada se asociaron positivamente con la crisis hipertensiva, mientras que mayor nivel educativo, nivel socioeconómico y elevada altitud estuvieron asociadas de manera inversa. Es necesario mejorar las estrategias para el diagnóstico, el tratamiento y el control de la hipertensión, especialmente de la crisis hipertensiva.


Há poucos estudos focados na epidemiologia da crise hipertensiva em nível populacional em ambientes com recursos limitados. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e a tendência, ao longo do tempo, da crise hipertensiva e fatores associados a essa condição em adultos. Uma análise de dados secundários foi realizada usando a Pesquisa Demográfica de Saúde Familiar (ENDES) do Peru. Crise hipertensiva foi definida com base na presença de pressão arterial sistólica (≥ 180mmHg) ou diastólica (≥ 110mmHg), independentemente de diagnóstico prévio ou uso de medicação. Os fatores associados aos resultados foram avaliados por meio de regressão logística multinomial, e a tendência de crise hipertensiva foi avaliada pelo teste de Cochrane-Armitage. Os dados de 260.167 participantes, com média de 44,2 anos (DP: 16,9) e 55,5% mulheres, foram analisados. A prevalência de hipertensão foi de 23% (IC95%: 22,7-23,4), dentre eles, 5,7% (IC95%: 5,4-5,9) apresentaram crise hipertensiva, com prevalência geral de 1,5% (IC95%: 1,4-1,6). De 2014 a 2022, observou-se queda significativa na prevalência de crise hipertensiva, de 1,7% em 2014 para 1,4% em 2022 (p = 0,001). No modelo multivariável, sexo masculino, idade crescente, residir em área urbana, índice de massa corporal elevado e diabetes autorreferido associaram-se positivamente à crise hipertensiva, enquanto maior escolaridade, nível socioeconômico e altitude elevada associaram-se inversamente. Há necessidade de aprimorar as estratégias de diagnóstico, tratamento e controle da hipertensão arterial, especialmente da crise hipertensiva.

3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(3): e00095723, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534135

RESUMO

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi investigar a relação da prática de atividade física nos quatro domínios (tempo livre, deslocamento, doméstico e trabalho) e a prevalência de sintomas depressivos em adultos brasileiros, de maneira geral e estratificando-se por sexo, escolaridade e ter ou não diagnóstico referido de depressão. Estudo transversal, com dados de 88.531 indivíduos de 18 anos ou mais, respondentes da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Os sintomas depressivos foram avaliados pelo Patient Health Questionnaire-9 (Questionário de Saúde do Paciente-9, PHQ-9). Foram considerados fisicamente ativos aqueles que referiram realizar atividade física pelo menos uma vez por semana no respectivo domínio. Adicionalmente, foi realizado o cálculo de tempo de prática semanal, sendo posteriormente divididos em quartis em cada domínio. Para as análises de associação, foram calculados o odds ratio bruto (ORbruto) e ajustado (ORajustado), no total e nas análises estratificadas. Os fisicamente ativos no tempo livre tiveram menor chance de apresentar sintomas depressivos, no total (ORajustado = 0,74; IC95%: 0,64-0,86) e em todas as estratificações, menos naqueles com depressão autorreferida. As associações na atividade física no tempo livre foram mais frequentes naqueles que praticavam entre 121 e 360 minutos semanais. Os indivíduos ativos nos domínios de deslocamento, doméstico e trabalho tiveram maior chance de apresentar sintomas depressivos em alguns grupos, com resultados mais consistentes para a atividade física doméstica. Os resultados evidenciaram que a relação da atividade física com a depressão em brasileiros varia conforme o domínio e a duração da atividade física, e que a ideia de que "todo movimento conta" parece adequada apenas para o domínio de tempo livre.


Resumen: Este estudio tuvo como objetivo investigar la práctica de actividad física en cuatro dominios (ocio, desplazamiento, actividad doméstica y trabajo) y la prevalencia de síntomas depresivos en adultos brasileños, en general y estratificada por sexo, escolaridad y diagnóstico de depresión autoinformado. Se trata de un estudio transversal con datos de 88.531 individuos de 18 años o más, que respondieron la Encuesta Nacional de Salud en el 2019. Los síntomas depresivos se evaluaron mediante el Cuestionario sobre la Salud del Paciente-9 (PHQ-9). Aquellos que realizan actividad física al menos una vez por semana en un dominio determinado se consideraron físicamente activos. Además, se calculó el tiempo de actividad física y luego se dividió en cuartiles para cada dominio. Para los análisis de asociación, se calcularon el odds ratio crudo (ORcrudo) y el odds ratio ajustado (ORajustado) para los análisis total y estratificado. Los individuos que son físicamente activos en durante el ocio presentaron menos probabilidades de tener síntomas depresivos, en el total (ORajustado = 0,74; IC95%: 0,64-0,86) y en todas las estratificaciones, excepto los individuos con depresión autoinformada. Las asociaciones de actividad física en el tiempo libre fueron más frecuentes en quienes practicaban de 121 a 360 minutos/semana. Los individuos que eran activos en los dominios desplazamiento, actividad doméstica y trabajo tuvieron más probabilidades de presentar síntomas depresivos en algunos grupos, con resultados más consistentes para las actividades domésticas. Los resultados mostraron que la relación entre actividad física y depresión entre los brasileños varía según el dominio y la duración, y el concepto de que "cada movimiento cuenta" parece ser correcto solo para el dominio del ocio.


Abstract: This study aimed to investigate the practice of physical activities in the four domains (leisure time, transportation, household, and work) and the prevalence of depressive symptoms in Brazilian adults, in general and stratified by sex, schooling level, and having or not a self-reported diagnosis of depression. This is a cross-sectional study with data from 88,531 individuals aged 18 years or older, who responded to the Brazilian National Health Survey in 2019. The depressive symptoms were evaluated by the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Those who practice physical activities at least once a week in a given domain were considered physically active. Additionally, the calculation of physical activities duration was conducted and later divided into quartiles for each domain. For the association analyses, the crude odds ratio (crudeOR) and adjusted odds ratio (adjustedOR) were calculated for the total and stratified analyses. Individuals who are physically active during leisure time showed a lower chance of presenting depressive symptoms, in total (adjustedOR = 0.74; 95%CI: 0.64-0.86) and in all stratifications, except for individuals with self-reported depression. The associations of leisure-time physical activity were most frequent in those who practice from 121 to 360 minutes/week. The individuals who were active in the transportation, household, and work domains had a higher chance of presenting depressive symptoms in some groups, with more consistent results for household physical activities. The results showed that the relationship between physical activities and depression among Brazilians varies according to domain and duration, and that the concept that "every move counts" seemed to be correct only for the leisure-time domain.

4.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1535594

RESUMO

Resumo Objetivo Avaliar o uso dos serviços de saúde por pessoas idosas residentes em áreas urbanas e rurais do Brasil. Método Estudo transversal que analisou dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, referentes aos moradores idosos (≥60 anos) selecionados nos domicílios, totalizando 22.728 entrevistas (3.300 em área rural e 19.426 em área urbana). Foram estimadas para as áreas rurais e urbanas as prevalências de cadastro na Estratégia Saúde da Família, intervalo de tempo da última consulta médica e odontológica, procura do serviço nas últimas duas semanas, última aferição da pressão arterial e da glicemia e avaliados os fatores associados à utilização dos serviços de saúde médicos e odontológicos nos últimos 12 meses. Resultados A autopercepção da saúde como 'muito boa' ou 'boa' foi maior na área urbana (47,32%), assim como a proporção de pessoas idosas que relataram consulta médica e odontológica nos últimos 12 meses (90,54%). Evidenciou-se menor frequência do acompanhamento da aferição de pressão arterial (81,30%) e da glicemia (45,83%) em áreas rurais. As pessoas idosas que possuem baixa escolaridade, residem em áreas rurais, na região Norte são as que possuem menor chance de utilização dos serviços. Conclusão A população idosa residente em área rural apresenta piores condições de saúde em relação à população residente em área urbana.


Abstract Objective To assess health services utilization by older adults in urban and rural areas of Brazil. Method A cross-sectional study was conducted analyzing data from the 2019 National Health Survey on older adults (≥60 years) selected from households based on 22,728 interviews (3,300 in rural and 19,426 in urban areas). For rural and urban areas, the prevalence of Family Health Strategy enrolment, time since last medical and dental visit, service use in past 2 weeks, and last blood pressure and blood glucose measurements were estimated. Also, the factors associated with medical and dental health services utilization in the past 12 months were explored. Results Self-rated health of "Very good" or "Good" was greater in urban areas (47.32%), as was the proportion of older adults reporting a medical or dental visit within the last 12 months (90.54%). Rates of blood pressure (81.30%) and glucose (45.83%) monitoring were lower in rural areas. Older individuals that had low education, resided in rural areas, and the North region, had a lower likelihood of using health services Conclusion The older population living in rural areas had poorer health status compared with the urban population.

5.
Arq. bras. oftalmol ; 87(4): e2022, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520234

RESUMO

ABSTRACT Purpose: To describe the implementation pro cess and the preliminary results of a surveillance system for healthcare-associated endophthalmitis. Methods: This is a case study of the implementation of a surveillance system for healthcare-associated endophthalmitis. The system for healthcare-associated endophthalmitis is a structured system that enables surveillance of cases of healthcare-associated endophthalmitis after intraocular procedures, developed and coordinated by the Division of Hospital Infection at the State Health Department, São Paulo, Brazil. The implementation process included a pilot phase, followed by a scaling-up phase. Data were reported monthly to the Division of Hospital Infection by participating healthcare facilities that performed intraocular procedures in the state of São Paulo, Brazil, from September 2017 to December 2019. Results: Among the 1,483 eligible healthcare facilities, 175 engaged in the study (participation rate of 11.8%), reporting 222,728 intraocular procedures performed, of which 164,207 were cataract surgery and 58,521 were intravitreal injections. The overall incidence rate of endophthalmitis was reported to be 0.05% (n=105; 80 cases after cataract surgery and 25 cases after intravitreal injections). The incidence rates for healthcare facilities ranged from 0.02% to 4.55%. Most cases were caused by gram-positive bacteria, mainly Staphylococcus spp. In 36 (46.2%) of the cases, there was no bacterial growth; no sample was collected in 28 (26.7%) cases. This system for healthcare-associated endophthalmitis enabled the identification of an outbreak of four cases of endophthalmitis after intravitreal injections. Conclusion: The system for healthcare-associated endophthalmitis proved to be operationally viable and efficient for monitoring cases of endophthalmitis at the state level.


RESUMO Objetivo: Descrever o processo de implementação e os resultados preliminares de um sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites associada à assistência à saúde. Métodos: Trata-se de um estudo de caso de implementação de um sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites. O sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites é um sistema estruturado que possibilita a vigilância de casos de endoftalmite associados à assistência à saúde após procedimentos oftalmológicos invasivos, desenvolvido e coordenado pela Divisão de Infecção Hospitalar da Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo, Brasil. O processo de implementação incluiu uma fase piloto, seguida pela fase de expansão. Os dados foram enviados mensalmente à Divisão de Infecção Hospitalar pelos estabelecimentos de saúde participantes que realizaram procedimentos oftalmológicos no estado de São Paulo, Brasil no período de setembro de 2017 a dezembro de 2019. Resultados: Entre os 1.483 estabelecimentos de saúde elegíveis, 175 participaram do estudo (taxa de adesão de 11,8%), relatando 222.728 procedimentos oftalmológicos realizados, sendo 164.207 cirurgias de catarata e 58.521 injeções intravítreas. A taxa de incidência global de endoftalmite relatada foi de 0,05% (n=105; 80 casos após cirurgia de catarata e 25 casos após injeção intravítrea). As taxas de incidência entre os estabelecimentos de saúde variaram de 0,02% a 4,55%. A maioria dos casos foi causada por bactérias gram-positivas, principalmente Staphylococcus spp. Em 36 (46,2%) casos não houve crescimento bacteriano; nenhuma amostra foi coletada em 28 (26,7%) casos. O sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites possibilitou a identificação de um surto de quatro casos de endoftalmite após injeção intravítrea. Conclusão: O sistema de vigilância epidemiológica para endoftalmites mostrou-se operacionalmente viável e eficiente para o monitoramento de casos de endoftalmite em nível estadual.

6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(1): e20452022, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528322

RESUMO

Resumo Este estudo transversal objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à violência contra as mulheres rurais e descrever os casos positivos segundo autoria, local e frequência, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). Calcularam-se as prevalências brutas e ajustadas de violência contra as mulheres rurais de todo o Brasil nos últimos 12 meses, segundo perfil demográfico, apoio e saúde por meio da regressão de Poisson. A violência psicológica foi de 18%, a física, de 4,4% e a sexual, de 1,5%. Os principais autores eram pessoas conhecidas, a maior parte dos casos ocorreu na residência e as agressões eram recorrentes. As maiores prevalências: mulheres adultas jovens (24,2%), solteiras e divorciadas (20% cada), com ensino fundamental completo ao superior incompleto (22%),, percepções de saúde muito ruim (34%), ruim (30%) e aquelas com problema de saúde mental (30%). Após o ajuste, permaneceram no modelo as de 30-39 anos e de 40 a 49 anos, casadas, com estado de saúde muito ruim, ruim e regular e com problema de saúde mental. Aponta-se para a alta prevalência de violência contra as mulheres rurais.


Abstract The aim of this cross-sectional study was to estimate the prevalence of violence against women living in rural areas, explore associated factors, and characterize cases of violence according to perpetrator, place of occurrence, and frequency. Based on data from the 2019 National Health Survey, using Poisson's regression we calculated crude and adjusted prevalence ratios for violence committed during the last 12 months against women living in rural areas across Brazil, focusing on the following variables: sociodemographic characteristics, income, social support, and self-reported health status. The prevalence of psychological, physical, and sexual violence was 18%, 4.4%, and 1.5%, respectively. Perpetrators were mainly people known to the victim and violence was mainly committed at home and repeated over time. Prevalence was highest among young women (24.2%), single and divorced women (20% each), women who had complete elementary school till not complete higher education (22% each), women with very poor (34%) and poor (30%) self-perceived health status; and women with a mental health problem (30%). After adjustment, the following variables were retained in the model: women aged 30-39 years and 40-49 years; married women; women with very poor, poor, and fair perceived health; and women diagnosed with a mental health problem.

7.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(1): e18182022, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528329

RESUMO

Resumo O objetivo do estudo é conhecer as estratégias individuais mais utilizadas por adolescentes de escolas públicas e privadas da IX Região Administrativa do município do Rio de Janeiro para evitar a exposição à violência comunitária, bem como investigar o perfil de coocorrência e sua prevalência em subgrupos populacionais específicos. Trata-se de um estudo seccional com 693 indivíduos. As informações referentes às estratégias para evitar a exposição à violência comunitária foram coletadas por meio de questionário multidimensional autopreenchido em sala de aula. As estratégias mais utilizadas foram: evitar passar onde há pessoas armadas (55,5%), evitar andar sozinho (30,5%) e evitar voltar para casa de madrugada (24,7%). Observou-se que as meninas adotam mais todos (concomitantemente) os quatro tipos de comportamento limitantes para reduzir sua exposição à violência comunitária (53% vs. 32%). Ressalta-se que a adoção de tais estratégias diferiu segundo os indicadores socioeconômicos, sendo maior entre os adolescentes oriundos de família de estratos de renda mais baixos. Tais achados chamam a atenção para a alta frequência de utilização de tais estratégias por adolescentes, o que pode cercear e limitar o pleno desenvolvimento de suas habilidades sociais e culturais.


Abstract This study aims to identify the individual community strategies to avoid violence exposure most used by adolescents from public and private schools in the IX Administrative Region of Rio de Janeiro and investigate the profile of co-occurrence and its prevalence in specific population subgroups. This is a cross-sectional study with 693 individuals. A multidimensional questionnaire collected information regarding strategies to avoid community violence exposure and was self-completed in the classroom. The most used strategies were avoiding walking close to armed people (55.5%), avoiding walking alone (30.5%), and avoiding returning home at dawn (24.7%). Girls adopt more of all (concurrently) the four limiting behaviors to reduce their community violence exposure (53% vs. 32%). Notably, the adoption of such strategies differed by socioeconomic indicators and was higher among adolescents from lower-income households. These findings point to the high frequency of use of such strategies by adolescents, which may hinder and limit the full development of their social and cultural skills.

8.
Rev. latinoam. enferm. (Online) ; 31: e3795, Jan.-Dec. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS, BDENF | ID: biblio-1424040

RESUMO

Abstract Objective: to analyze the factors related to sleep disorders reported by Nursing professionals during the COVID-19 pandemic. Method: this is a cross-sectional and analytical study conducted with Nursing professionals from all Brazilian regions. Sociodemographic data, working conditions and questions about sleep disorders were collected. The Poisson regression model with repeated measures was used to estimate the Relative Risk. Results: 572 answers were analyzed, which revealed that non-ideal sleep duration, poor sleep quality and dreams about the work environment were predominant during the pandemic, with 75.2%, 67.1% and 66.8% respectively; as well as complaints of difficulty sleeping, daytime sleepiness and non-restorative sleep during the pandemic were reported by 523 (91.4%), 440 (76.9%) and 419 (73.2%) of the Nursing professionals, respectively. The relative risk of having such sleep disorders during the pandemic was significant for all variables and categories studied. Conclusion: non-ideal sleep duration, poor sleep quality, dreams about the work environment, complaints regarding difficulty sleeping, daytime sleepiness and non-restorative sleep were the predominant sleep disorders among Nursing professionals during the pandemic. Such findings point to possible consequences on health, as well as on the quality of the work performed.


Resumo Objetivo: analisar os fatores relacionados às alterações no sono relatadas pelos profissionais de enfermagem durante a pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado com profissionais de enfermagem de todas as regiões do Brasil. Foram coletados dados de caracterização sociodemográfica, condições de trabalho e questões sobre alterações de sono. Para estimar o Risco Relativo foi utilizado o modelo de regressão de Poisson com medidas repetidas. Resultados: foram analisadas 572 respostas, as quais revelaram que a duração não ideal do sono, a má qualidade do sono e os sonhos com o ambiente de trabalho foram predominantes durante a pandemia, com 75,2%, 67,1% e 66,8% respectivamente, assim como as queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador durante a pandemia foram relatadas por 523 (91,4%), 440 (76,9%) e 419 (73,2%) dos profissionais de enfermagem, respectivamente. O risco relativo de apresentar tais alterações de sono, durante a pandemia foi significativo para todas as variáveis e as categorias estudadas. Conclusão: duração não ideal do sono, má qualidade do sono, sonhos com o ambiente de trabalho, queixas de dificuldade ao dormir, sonolência diurna e sono não restaurador foram as alterações do sono predominantes entre os profissionais de enfermagem durante a pandemia. Estes achados apontam para possíveis consequências na saúde, bem como na qualidade do trabalho realizado.


Resumen Objetivo: analizar los factores relacionados con los trastornos del sueño que informaron los profesionales de enfermería durante la pandemia de COVID-19. Método: se trata de un estudio transversal y analítico realizado con profesionales de enfermería de todas las regiones de Brasil. Se recolectaron datos sobre caracterización sociodemográfica, condiciones de trabajo y preguntas sobre trastornos del sueño. Para estimar el Riesgo Relativo se utilizó el modelo de regresión de Poisson con medidas repetidas. Resultados: se analizaron 572 respuestas, que revelaron que durante la pandemia predominaron la duración del sueño no ideal, la mala calidad del sueño y los sueños sobre el ambiente laboral, con 75,2%, 67,1% y 66,8% respectivamente, además 523 (91,4%), 440 (76,9%) y 419 (73,2%) profesionales de enfermería manifestaron quejas de dificultad para conciliar el sueño, somnolencia diurna y sueño no reparador durante la pandemia, respectivamente. El riesgo relativo de padecer trastornos del sueño durante la pandemia fue significativo para todas las variables y categorías estudiadas. Conclusión: la duración del sueño no ideal, la mala calidad del sueño, los sueños sobre el ambiente laboral, las quejas de dificultad para conciliar el sueño, la somnolencia diurna y el sueño no reparador fueron los trastornos del sueño predominantes en los profesionales de enfermería durante la pandemia. Estos hallazgos indican posibles consecuencias para la salud, así como para la calidad del trabajo realizado.


Assuntos
Humanos , Transtornos do Sono-Vigília/etiologia , Transtornos do Sono-Vigília/epidemiologia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , COVID-19/epidemiologia , Profissionais de Enfermagem
9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(11): 3137-3148, nov. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1520645

RESUMO

Resumo O estudo objetivou investigar a associação entre o ambiente construído e percepção positiva de saúde em idosos das capitais brasileiras. Estudo transversal de base populacional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 e do Observatório das Metrópoles. O desfecho foi percepção positiva de saúde. O ambiente construído foi investigado por meio do Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU). As análises foram realizadas por regressão logística multinível (IC95%). Entre os 4.643 idosos investigados, 51,5% reportaram percepção positiva de saúde (IC95%: 50,0-52,9). Idosos residentes em capitais com maiores tercis do IBEU apresentaram maiores chances de percepção positiva de saúde (OR: 1,42; IC95%: 1,08-1,86 (T2); OR: 1,78; IC95%: 1,35-2,33 (T3)). Quanto às dimensões do IBEU, associaram-se ao desfecho: a infraestrutura urbana (OR: 1,56 IC95%: 1,13-2,16), condições ambientais urbanas (OR: 1,49; IC95%: 1,10-2,04), condições habitacionais urbanas (OR: 1,45; IC95%: 1,05-1,99) e serviços coletivos urbanos (OR: 1,72; IC95%: 1,30-2,27). Evidenciou-se associação positiva entre melhores condições do ambiente construído e percepção de saúde, independente de características individuais. Promover mudanças no ambiente construído pode ser eficaz na melhora dos níveis de saúde, favorecendo o envelhecimento saudável.


Abstract The present study aims to investigate the association between the built environment and positive self-rated health among older adults from Brazilian capitals. It is a cross-sectional population-based study, which collected data from the National Health Survey 2013 and the Observatório das Metrópoles. The outcome was a positive self-rated health. The built environment was investigated by the Urban Wellbeing Index (IBEU, in Portuguese). Analyses were performed by multilevel logistic regression (95%CI). Among the 4,643 elderly individuals evaluated in this study, 51.5% reported a positive self-rated health (95%CI: 50.0-52.9). Elderly people living in capitals with higher IBEU terciles were more likely to have a positive self-rated health (OR: 1.42; 95%CI: 1.08-1.86 (T2); OR: 1.78; 95%CI: 1.35-2.33 (T3)). As for the dimensions of the IBEU, the following were associated with the outcome: urban infrastructure (OR: 1.56; 95%CI: 1.13-2.16), urban environmental conditions (OR: 1.49; 95%CI: 1.10-2.04), urban housing conditions (OR: 1.45; 95%CI: 1.05-1.99), and urban collective services (OR: 1.72; 95%CI: 1.30-2.27). A positive association was found between better conditions of the built environment and one's perception of health, regardless of individual characteristics. Promoting changes in the built environment can be effective in improving health levels, thus favoring healthy aging.

10.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(9): 2625-2636, Sept. 2023. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1505965

RESUMO

Resumo O objetivo do estudo foi estimar a prevalência do uso de vitaminas e/ou minerais na população brasileira urbana com idade maior ou igual a 20 anos e identificar os fatores associados ao uso. Foram analisados os dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM), estudo transversal de base populacional, com amostra probabilística, realizada nas áreas urbanas das cinco regiões geográficas do país entre setembro de 2013 e fevereiro de 2014. A prevalência do uso estimada foi de 4,8% (IC95% 4,3-5,3), maior no sexo feminino, 6,4% (IC95% 5,7-7,1), e na população idosa, 11,6% (IC95% 10,5-12,8). O uso de vitaminas e/ou minerais mostrou-se associado aos fatores: sexo feminino, 60 anos ou mais, classe econômica A/B, apresentar doença(s) crônica(s) e autopercepção de saúde regular e muito ruim/ruim. Os multivitamínicos e multiminerais obtiveram maior frequência de uso, 24,5% (IC95% 20,1-29,4), seguido de cálcio e vitamina D, 23,4% (IC95% 19,7-27,5). Os dados sugerem que mulheres idosas devam ser o público referencial para ações de promoção do uso racional. Recomenda-se que os inquéritos epidemiológicos de abrangência nacional possam ampliar a observação desses produtos para possibilitar a análise de tendências.


Abstract The purpose of the present study was to estimate the prevalence of vitamin and/or mineral use among urban Brazilian populations aged 20 years and over and to identify associated factors. Data from the National Survey on Access, Use and Promotion of the Rational Use of Medicines in Brazil (PNAUM) were analyzed and a population-based cross-sectional study with probability sampling was performed in urban areas of Brazil's five geographic regions from September 2013 to February 2014. The estimated prevalence of vitamin and/or mineral use was 4.8% (95%CI: 4.3-5.3), higher in women 6.4% (95%CI: 5.7-7.1) and in the elderly population 11.6% (95%CI: 10.5-12.8). Vitamin and/or mineral use was associated with the following factors: women, 60 years of age or older, economic class A/B, chronic disease(s) and self-perceived health held as average and very poor/poor. Multivitamins and multiminerals were the most used ones with 24.5% (95%CI 20.1-29.4), followed by calcium and vitamin D with 23.4% (95%CI 19.7-27.5). Data suggest that elderly women should be the reference public for actions aimed at promoting rational use. Nationwide epidemiological surveys should increase monitoring of these products to support the analysis of trends.

11.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(7): 1927-1936, jul. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447838

RESUMO

Abstract The aim of this study was to analyze the association between adherence to school meals and the co-occurrence of the regular consumption of healthy and unhealthy eating markers among Brazilian adolescents. Data from 67,881 adolescents in Brazilian public schools who participated in the 2015 National School Health Survey, were used. From the 7-day FFQ, the dependent variable was constructed, co-occurrence of regular consumption (≥ 5x/week) of healthy and unhealthy food markers, which was categorized as regular consumption of none, one or two, or three eating markers. We performed an ordinal logistic regression with adjustment for sociodemographic, eating habits outside of school, and school characteristics variables. The prevalence of the co-occurrence of the regular consumption of three healthy eating markers was 14.5%, and that of three unhealthy markers was 4.9%. High adherence to school meals (every day) was positively associated with regular consumption of healthy eating markers and inversely associated with regular consumption of unhealthy eating markers. The school meals provided by PNAE contribute to the promotion of healthy eating habits among Brazilian adolescents.


Resumo Este estudo tem como objetivo analisar a associação entre a adesão à alimentação escolar e a coocorrência do consumo regular de marcadores de alimentação saudável e não saudável entre adolescentes brasileiros. Foram avaliados 67.881 adolescentes de escolas públicas brasileiras participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. A partir do QFA de sete dias, construiu-se a variável dependente, coocorrência do consumo regular (≥ 5x/semana) de marcadores de alimentação saudável e não saudável, que foi categorizada em consumo regular de nenhum; um ou dois; ou três marcadores de alimentação. Realizou-se regressão logística ordinal com ajuste para variáveis sociodemográficas, hábitos alimentares fora da escola e características da escola. A prevalência da coocorrência do consumo regular de três marcadores de alimentação saudável foi de 14,5%, e de três marcadores de alimentação não saudável foi de 4,9%. A alta adesão à alimentação escolar (todos os dias) foi positivamente associada ao consumo regular de marcadores de alimentação saudável e inversamente associada ao consumo regular de marcadores de alimentação não saudável. A alimentação escolar fornecida pelo PNAE contribui para a promoção de hábitos alimentares saudáveis entre os adolescentes brasileiros.

12.
Saude e pesqui. (Impr.) ; 16(2): 11524, abr./jun. 2023.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1510570

RESUMO

Estimar a prevalência de diabetes mellitus e os fatores associados em adultos. Trata-se de um inquérito realizado com 1.637 indivíduos nas zonas urbana e rural do município de Rio Branco, Acre. Diabetes foi definido pela presença de glicemia no plasma em jejum ≥ 126 mg/dl ou utilização de hipoglicemiante oral ou insulina. Medidas de associação foram estimadas por regressão logística hierarquizada. A prevalência de diabetes foi de 6,5% (n = 202). Após análise, a chance de ser diabético esteve independente e positivamente associada a idade ≥ 60 anos (OR: 6,67; IC95%: 1,83-24,30); história familiar de diabetes mellitus (OR: 2,88; IC95%: 1,43-5,81); circunferência da cintura aumentada (OR: 1,83; IC95%:1,01-3,33); dislipidemia (OR: 2,95; IC95%: 1,34-6,49); anemia (OR: 3,15; IC95%: 1,30-7,60); e doença renal crônica (DRC) (OR: 4,00; IC95%: 1,70-9,33). Foi detectada uma prevalência de 6,5%, estando o diabetes associado com idade, história familiar, anemia e DRC. Indica-se a necessidade do adequado rastreio de comorbidades nesses pacientes.


To estimate the prevalence of diabetes mellitus and associated factors in adults.Survey carried out with 1,637 individuals in urban and rural areas of the municipality of Rio Branco, state of Acre. Diabetes was defined by the presence of fasting plasma glucose ≥ 126 mg/dl or the use of oral hypoglycemic agents or insulin. Association measures were estimated by hierarchical logistic regression.The prevalence of diabetes was 6.5% (n = 202). After analysis, the chance of being diabetic was independently and positively associated with age ≥ 60 years (OR: 6.67; 95%CI: 1.83-24.30); family history of diabetes mellitus (OR: 2.88; 95%CI: 1.43-5.81); increased waist circumference (OR: 1.83; 95%CI: 1.01-3.33); dyslipidemia (OR: 2.95; 95%CI: 1.34-6.49); anemia (OR: 3.15; 95%CI: 1.30-7.60); and chronic kidney disease (CKD) (OR: 4.00; 95%CI: 1.70-9.33). A prevalence of 6.5% was detected, with diabetes associated with age, family history, anemia, and CKD. The need for adequate screening of comorbidities in these patients is indicated.

13.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 28(6): 1601-1606, jun. 2023. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1439831

RESUMO

Abstract The National Abortion Survey 2021 (PNA 2021) utilized face-to-face structured interviews and a self-administered questionnaire placed in a sealed box to collect data on abortions in Brazil. Interviews were held with a nationally representative sample of 2,000 women, randomly selected from among literate women ages 18 to 39 residing in urban areas. We compared some of the results with previous waves of the survey, PNA 2010 and PNA 2016. Findings show that abortion is in decline but remains a major public health issue. Around 10% of the women interviewed in 2021 said they had had at least one abortion in their lives (compared to 15% in 2010). We estimate that nearly one in every seven women (15%) have had an abortion by the age of 40. We identified a decline in the proportion of women who needed to be hospitalized to finalize their abortions (55% in 2010; 43% in 2021; p = 0.003) and in the proportion of women who used medication for the abortion (48% in 2010; 39% in 2021; p = 0.028). Abortion is an event that generally happens early on in women's reproductive lives: the PNA 2021 found that 52% of women were 19 years old or younger when they had their first abortion. Higher rates were detected among respondents with lower educational levels, Black and Indigenous women, and women residing in poorer regions.


Resumo A Pesquisa Nacional de Aborto 2021 (PNA 2021) empregou questionários estruturados face a face e um questionário autoadministrado depositado em uma urna para coletar informações sobre aborto no Brasil. As entrevistas foram realizadas em uma amostra representativa de 2.000 mulheres selecionadas aleatoriamente com idades entre 18 e 39 anos e residentes em áreas urbanas. Comparamos alguns dos resultados com ondas anteriores da pesquisa, PNA 2010 e PNA 2016. O aborto está em declínio, porém segue como importante questão de saúde pública. Cerca de 10% das mulheres em 2021 disseram ter feito ao menos um aborto na vida (15% em 2010). Estimamos que aproximadamente uma em cada sete mulheres (15%) teve um aborto aos 40 anos. Houve declínio na proporção de mulheres que foram hospitalizadas para finalizar o aborto (55% em 2010; 43% em 2021; p = 0,003) e na proporção de mulheres que usaram medicamentos para o aborto (48% em 2010; 39% em 2021; p = 0,028). O aborto é um evento que ocorre no início na vida reprodutiva das mulheres: a PNA 2021 constatou que 52% tinham 19 anos ou menos quando fizeram o primeiro aborto. Taxas mais altas foram detectadas entre as entrevistadas com menor escolaridade, negras e indígenas e residentes em regiões mais pobres.

14.
Rev. bras. med. fam. comunidade ; 18(45): 3700, 20230212.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1524017

RESUMO

Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública, com elevada prevalência em âmbito mundial. Inúmeros fatores, tais como idade, sexo, raça/cor, escolaridade, renda, acesso aos serviços de saúde e hábitos de vida são descritos como influenciadores da prevalência da HAS. A maioria deles é considerada modificável e controlável pela adoção de um estilo de vida saudável. Objetivo: Estimar a prevalência de HAS e fatores associados em adultos e idosos residentes em Teresina, Piauí. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, com 898 adultos e idosos. A amostragem foi probabilística complexa por conglomerados. O desfecho foi o diagnóstico autorreferido de HAS. Realizou-se análise hierarquizada em três blocos (características sociodemográficas, acompanhamento da saúde e estilo de vida) com cálculo de razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por regressão múltipla de Poisson. Resultados: A prevalência geral da HAS autorreferida foi de 27,9% e aumentou com a progressão da faixa etária. No modelo final, os fatores associados à HAS autorreferida foram: idade≥60 anos (RP=8,08; IC95% 3,72­17,52), sem escolaridade (RP=1,73; IC95% 1,18­2,54), última aferição da PA<6 meses (RP=2,64; IC95% 1,56­4,47), consumo regular de sal (RP=0,70; IC95% 0,52­0,93), circunferência da cintura alterada (RP=1,56; IC95% 1,29­1,90) e pressão arterial alterada (RP=1,64; IC95% 1,35­2,01). Conclusões: A prevalência da HAS autorreferida foi mais alta comparada com diferentes estudos nacionais e internacionais realizados nos últimos anos, com crescimento linear associado à progressão da faixa etária. Os fatores associados identificados refletem os grupos vulneráveis para HAS já conhecidos e outros podem ser resultados do crescimento da prevalência entre outras camadas sociais de maior renda. Diante da elevada prevalência da HAS em Teresina, da sua alta carga de morbimortalidade e de ser a principal causa evitável de morte prematura, torna-se necessário a intensificação das ações de promoção de saúde, prevenção do agravo e monitoramento do tratamento da HAS no município.


Introduction: Hypertension (HT) is a public health problem with high prevalence worldwide. Countless factors, such as age, sex, race/color, education, income, access to health services and lifestyle habits, are described as influencing the prevalence of HT, most of which are considered modifiable and controllable by the adoption of a healthy lifestyle. Objective: To estimate the prevalence of HT and associated factors in adults and older people living in Teresina, Piauí. Methods: Population-based cross-sectional study with 898 adults and older individuals. Sampling was complex probabilistic by clusters. The outcome was the self-reported diagnosis of HT. A hierarchical analysis was performed in three blocks (sociodemographic characteristics, monitoring of health and lifestyle) with determination of the prevalence ratio (PR) and 95% confidence interval (95%CI) by Poisson multiple regression. Results: The overall prevalence of self-reported HT was 27.9% and increased with age. In the final model, the factors associated with self-reported HT were: age ≥60 years (PR=8.08; 95%CI 3.72­17.52), no education (PR=1.73; 95%CI 1.18­2.54), last blood pressure measurement <6 months prior (PR=2.64; 95%CI 1.56­4.47), regular salt intake (PR=0.70; 95%CI 0.52­0.93), altered waist circumference (PR=1.56; 95%CI 1.29­1.90) and altered blood pressure (PR=1.64; 95%CI 1.35­2.01). Conclusions: The prevalence of self-reported HT was higher, compared to different national and international studies carried out in recent years, with linear growth, associated with age group progression. The associated factors identified reflect the already known vulnerable groups for HT, and others may be the result of the growth in prevalence among other higher income social strata. In view of the high prevalence of HT in Teresina, its high burden of morbidity and mortality and being the main preventable cause of premature death, it is necessary to intensify measures to promote health, prevent the disease and monitor the treatment of HT in the municipality.


Introducción: La hipertensión arterial sistémica (HAS) es un problema de salud pública con alta prevalencia a nivel mundial. Innumerables factores, como la edad, el sexo, la raza/color, la educación, la renta, el acceso a los servicios de salud y los hábitos de vida, se describen como influyentes en la prevalencia de la HAS, la mayoría de los cuales se consideran modificables y controlables mediante la adopción de un estilo de vida saludable. Objetivo: Estimar la prevalencia de hipertensión arterial sistémica (HAS) y factores asociados en adultos y ancianos residentes en Teresina, Piauí. Métodos: Estudio transversal de base poblacional con 898 adultos y ancianos. El muestreo fue complejo probabilístico por conglomerados. El resultado fue el diagnóstico autoinformado de HSA. Se realizó un análisis jerárquico en tres bloques (características sociodemográficas, seguimiento de la salud y estilo de vida) con cálculo de la Razón de Prevalencia (RP) e intervalos de confianza del 95% (IC95%) por regresión múltiple de Poisson. Resultados: La prevalencia general de HSA autoinformada fue del 27,9% y aumentó con la progresión de la edad. En el modelo final, los factores asociados a la HAS autoinformada fueron: edad≥60 años (RP=8,08; IC95% 3,72­17,52), sin escolaridad (RP=1,73; IC95% 1,18­2,54), última Medición de PA<6 meses (RP=2,64; IC95% 1,56­4,47), ingesta regular de sal (RP=0,70; IC95% 0,52­0,93), Circunferencia de Cintura alterada (RP=1,56; IC95% 1,29­1,90) y Presión Arterial Alterada (RP=1,64; IC95% 1,35­2,01). Conclusiones: La prevalencia de HAS autorreferida fue mayor, en comparación con diferentes estudios nacionales e internacionales realizados en los últimos años, con crecimiento lineal, asociado a la progresión por grupos de edad. Los factores asociados identificados reflejan los grupos vulnerables ya conocidos para la HAS y otros pueden ser el resultado del crecimiento de la prevalencia entre otros estratos sociales de mayores ingresos. Ante la alta prevalencia de HAS en Teresina, su alta morbilidad y mortalidad y ser la principal causa evitable de muerte prematura, es necesario intensificar las acciones de promoción de la salud, prevención del agravamiento y seguimiento del tratamiento de la HAS en el municipio.

15.
REME rev. min. enferm ; 27: 1518, jan.-2023. ilus, tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1518177

RESUMO

Introdução: o uso do tabaco em suas diferentes formas continua a ser uma das principais causas de morte evitáveis no Brasil. Com uma história de sucesso notável, o Brasil alcançou uma das maiores reduções significativas na prevalência do tabagismo desde 1990. No entanto, é preocupante que a taxa de declínio do consumo de tabaco tenha diminuído nos últimos anos, conforme sugerem as pesquisas. Objetivos: o presente estudo teve como objetivo comparar os resultados de três pesquisas domiciliares realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Métodos: foi realizada a comparação da prevalência do uso de tabaco entre entrevistados com 18 anos ou mais, assim como foi avaliada a porcentagem de mudanças na prevalência entre 2008, 2013 e 2019, usando dados de três pesquisas: The Global Tobacco Adult Survey, do ano de 2008, e a Pesquisa Nacional de Saúde do Brasil, dos anos de 2013 e 2019. Além disso, analisamos a prevalência no Brasil e seus estados de acordo com idade, gênero, nível educacional e raça. Resultados: a prevalência do tabagismo ativo diminuiu 19% entre 2008 e 2013, passando de 18,2% (IC 95%: 17,7;18,7%), em 2008, para 14,7% (IC 95%: 14,2;15,2%), em 2013. No entanto, em 2019, a prevalência foi de 12,6% (IC 95%: 12,2;13,0%), revelando uma redução de 14,3%. O tabagismo foi maior entre a população com baixo nível de escolaridade, status de renda mais baixo e raça/cor da pele preta e parda. Conclusão: a prevalência do tabagismo diminuiu no Brasil nas últimas três décadas. No entanto, recentemente, houve uma redução na intensidade da queda, exigindo atenção e análise cuidadosa das estratégias de prevenção e abandono do tabagismo.(AU)


Assuntos
Humanos , Tabagismo/epidemiologia , Estratégias de Saúde , Fumantes/estatística & dados numéricos , Política de Saúde , Brasil , Características de Residência , Inquéritos e Questionários/estatística & dados numéricos , Prevenção do Hábito de Fumar
16.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1432156

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate the association between negative self-perception of hearing and depression in older adults in Southern Brazil. METHODS This is a cross-sectional study conducted with data from the third wave of the EpiFloripa Idoso 2017/19 study, a population-based cohort of older adults (60+). A total of 1,335 older adults participated in this wave. The dependent variable was self-reported depression, and the main exposure was self-perception of hearing (negative; positive). For both the crude (bivariate) and adjusted analysis, the odds ratio (OR) was used as a measure of association and estimated by means of binary logistic regression analysis. The exposure variable was adjusted by sociodemographic and health covariates. A p value < 0.05 was adopted as statistically significant. RESULTS The prevalence of negative self-perception of hearing and depression was 26.0% and 21.8%, respectively. In the adjusted analysis, the older adults with negative self-perception of hearing were 1.96 times more likely to report depression when compared to the ones with positive self-perception of hearing (p = 0.002). CONCLUSION The association between negative self-perception of hearing and depression reflects the importance of reviewing health care actions for older adults, incorporating hearing-related issues, to ensure comprehensive care for this growing segment of the population.


RESUMO OBJETIVO Estimar a associação entre a autopercepção negativa da audição e a depressão em idosos do sul do Brasil. MÉTODOS Trata-se de um estudo transversal realizado com dados da terceira onda do estudo EpiFloripa Idoso 2017/19, de coorte de base populacional de idosos (60+). Participaram desta onda 1.335 idosos. A variável dependente foi a depressão autorreferida e a exposição principal foi a autopercepção auditiva (negativa; positiva). Tanto para a análise bruta (bivariada) quanto para a ajustada, a odds ratio (OR) foi utilizada como medida de associação e estimada por meio da análise de Regressão Logística Binária. A variável de exposição foi ajustada pelas covariáveis sociodemográficas e de saúde. Adotou-se o valor de p < 0,05 como estatisticamente significativo. RESULTADOS A prevalência da autopercepção negativa da audição e depressão foi de 26,0% e 21,8%, respectivamente. Na análise ajustada, idosos com autopercepção negativa da audição apresentaram 1,96 vezes mais chance de referirem depressão quando comparados aos idosos com autopercepção positiva da audição (p = 0,002). CONCLUSÃO A associação encontrada entre a autopercepção negativa auditiva e a depressão reflete a importância de rever as ações de atenção à saúde do idoso, incorporando questões relacionadas à audição para a garantia da atenção integral a esta parcela crescente da população.


Assuntos
Humanos , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Presbiacusia , Autoimagem , Idoso , Inquéritos Epidemiológicos , Depressão , Autoavaliação Diagnóstica , Perda Auditiva
17.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 88, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1522870

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the process and epidemiological implications of georeferencing in EpiFloripa Aging samples (2009-2019). METHOD The EpiFloripa Aging Cohort Study sought to investigate and monitor the living and health conditions of the older adult population (≥ 60) of Florianópolis in three study waves (2009/2010, 2013/2014, 2017/2019). With an automatic geocoding tool, the residential addresses were spatialized, allowing to investigate the effect of the georeferencing sample losses regarding 19 variables, evaluated in the three waves. The influence of different neighborhood definitions (census tracts, Euclidean buffers, and buffers across the street network) was examined in the results of seven variables: area, income, residential density, mixed land use, connectivity, health unit count, and public open space count. Pearson's correlation coefficients were calculated to evaluate the differences between neighborhood definitions according to three variables: contextual income, residential density, and land use diversity. RESULT The losses imposed by geocoding (6%, n = 240) caused no statistically significant difference between the total sample and the geocoded sample. The analysis of the study variables suggests that the geocoding process may have included a higher proportion of participants with better income, education, and living conditions. The correlation coefficients showed little correspondence between measures calculated by the three neighborhood definitions (r = 0.37-0.54). The statistical difference between the variables calculated by buffers and census tracts highlights limitations in their use in the description of geospatial attributes. CONCLUSION Despite the challenges related to geocoding, such as inconsistencies in addresses, adequate correction and verification mechanisms provided a high rate of assignment of geographic coordinates, the findings suggest that adopting buffers, favored by geocoding, represents a potential for spatial epidemiological analyses by improving the representation of environmental attributes and the understanding of health outcomes.


RESUMO OBJETIVO Descrever o processo e as implicações epidemiológicas do georreferenciamento nas amostras do EpiFloripa Idoso (2009-2019). MÉTODO O estudo de coorte EpiFloripa Idoso buscou investigar e acompanhar as condições de vida e saúde da população idosa (≥ 60) de Florianópolis em três ondas de estudo (2009/2010, 2013/2014, 2017/2019). Com uma ferramenta de geocodificação automática, os endereços residenciais foram espacializados, permitindo a investigação do efeito das perdas amostrais do georreferenciamento em relação a 19 variáveis, avaliadas nas três ondas. A influência de diferentes definições de vizinhança (setores censitários, buffers euclidianos e buffers pela rede de ruas) foi examinada nos resultados de sete variáveis: área, renda, densidade residencial, uso misto do solo, conectividade, contagem de unidades de saúde, e contagem de espaços livres públicos. Coeficientes de correlação de Pearson foram calculados para avaliar as diferenças entre as definições de vizinhança de acordo com três variáveis: renda contextual, densidade residencial e diversidade de uso do solo. RESULTADO As perdas impostas pela geocodificação (6%, n = 240) não ocasionaram diferença estatística significativa entre a amostra total e a georreferenciada. A análise das variáveis do estudo sugere que o processo de geocodificação pode ter incluído uma maior proporção de participantes com melhor nível de renda, escolaridade e condições de vida. Os coeficientes de correlação evidenciaram pouca correspondência entre medidas calculadas pelas três definições de vizinhança (r = 0,37-0,54). A diferença estatística entre as variáveis calculadas por buffers e setores censitários ressalta limitações no uso destes na descrição dos atributos geoespaciais. CONCLUSÃO Apesar dos desafios relacionados à geocodificação, como inconsistências nos endereços, adequados mecanismos de correção e verificação propiciaram elevada taxa de atribuição de coordenadas geográficas. Os achados sugerem que a adoção de buffers, favorecida pela geocodificação, representa uma potencialidade para análises epidemiológicas espaciais ao aprimorar a representação dos atributos do ambiente e a compreensão dos desfechos de saúde.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Saúde do Idoso , Inquéritos Epidemiológicos , Sistemas de Informação Geográfica , Meio Ambiente e Saúde Pública , Mapeamento Geográfico , Análise Espacial , Estudos de Coortes
18.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1515546

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To compare the profile and prevalence of hospitalizations in Brazil based on estimates from the National Health Survey (PNS), 2013 and 2019. METHODS A cross-sectional study that used data from the 2013 PNS and the 2019 PNS. The outcome was having been hospitalized for 24 hours or more in the last 12 months. We calculated the proportion of the population in different categories of age group, presence or absence of chronic diseases, and perception of health status. We estimated the total number of hospitalizations and the proportion corresponding to each category of age group, chronic disease, and perceived health status. We calculated the prevalence of hospitalization according to geographic, socioeconomic, and health conditions. We compared the estimates of two editions of the PNS using Student's t-test for independent samples. We considered significant differences when the p-value was less than 0.01. And finally, we compared hospitalization estimates with administrative data to assess data consistency. RESULTS We observed that the proportion of chronically ill people in the population increased from 15.04% to 31.48%. This group was responsible for 36.76% of the total number of hospitalizations in 2013 and 57.61% in 2019. The prevalence of hospitalizations increased significantly between the two surveys and the increases were higher in the Southeast region and among people who have private health insurance. A discrepancy was found between administrative data and survey estimates. Obstetric hospitalizations and health insurance hospitalizations were underestimated. CONCLUSION There was an increase in overall hospitalization rates in the period between the PNS 2013 and PNS 2019, especially among people with better access to health services. The hospitalization profile also changed—in the 2013 PNS, hospitalizations of people without chronic diseases predominated. This was reversed in PNS 2019.


RESUMO OBJETIVO Comparar o perfil e a prevalência das hospitalizações no Brasil com base nas estimativas da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 e 2019. MÉTODOS Estudo transversal seriado que utilizou os dados das PNS 2013 e PNS 2019. O desfecho foi ter ficado internado por 24 horas ou mais nos últimos 12 meses. Calculamos a proporção da população nas diversas categorias de faixa etária, de presença ou ausência de doenças crônicas e de percepção do estado de saúde. Estimamos o número total de hospitalizações e a proporção correspondente a cada categoria de faixa etária, de doença crônica e de percepção do estado de saúde. Calculamos a prevalência de internação segundo fatores geográficos, socioeconômicos e condições de saúde. Comparamos as estimativas das duas edições da PNS utilizando o teste t de Student para amostras independentes. Consideramos as diferenças significativas quando o valor de p foi menor que 0,01. E finalmente comparamos as estimativas de hospitalização com os dados administrativos para avaliar a consistência dos dados. RESULTADOS Observamos que a proporção de doentes crônicos na população passou de 15,04% para 31,48%. Este grupo foi responsável por 36,76% do total de internações em 2013 e de 57,61% em 2019. A prevalência de hospitalizações aumentou significativamente entre os dois inquéritos e os incrementos foram maiores na região Sudeste e entre pessoas que possuem plano de saúde privado. Foi encontrada uma discrepância entre os dados administrativos e as estimativas dos inquéritos. As internações obstétricas e as internações por plano de saúde foram subestimadas. CONCLUSÃO Houve um aumento nas taxas globais de hospitalização no período compreendido entre as PNS 2013 e 2019, especialmente entre as pessoas com melhor acesso aos serviços de saúde. O perfil de hospitalização também mudou - na PNS 2013 predominaram internações de pessoas sem doenças crônicas. Isto se inverteu na PNS 2019.


Assuntos
Humanos , Estatísticas Hospitalares , Hospitalização/estatística & dados numéricos , Hospitais , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Nível de Saúde , Doença Crônica , Estudos Transversais , Inquéritos Epidemiológicos
19.
Rev. bras. saúde ocup ; 48: e5, 2023. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1449859

RESUMO

Resumo Objetivo: descrever as prevalências de fatores de risco e de proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e testar associações desses fatores com sexo, idade e satisfação com o trabalho entre professores da educação básica. Métodos: estudo transversal analítico realizado em Montes Claros, MG, Brasil, em 2016. Amostra probabilística por conglomerados. Utilizou-se questionário autoaplicável e avaliações físicas. Estimaram-se razões de prevalências (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) pela Regressão de Poisson. Resultados: dos 745 participantes, 83% eram mulheres, 81% tinham até 49 anos e 60% estavam insatisfeitos com o trabalho. Houve maior prevalência de fumantes entre homens (RP: 2,33; IC95%: 1,13;4,81), bem como consumo abusivo de álcool (RP: 7,24; IC95%: 2,19;23,91), excesso de peso (RP:1,48; IC95%: 1,04;2,13), menor prevalência de sintomas depressivos (RP:0,93; IC95%: 0,88;0,98) e de estresse (RP:0,88; IC95%: 0,82;0,95). Professores mais velhos apresentaram menor prevalência de Burnout (RP:0,87; IC95%: 0,81;0,94) e maior prevalência de comportamentos de proteção, apesar de terem maior comprometimento da saúde física. Professores insatisfeitos apresentaram maior prevalência de sintomas depressivos (RP:2,52; IC95%: 1,61;3,93), estresse (RP:1,76; IC95%: 1,33;2,32) e Burnout (RP:9,20; IC95%: 4,46;18,99). Conclusões: tabagismo, etilismo, excesso de peso e comprometimento da saúde mental foram fatores de risco frequentes para DCNT entre professores. Observaram-se diferenças nas prevalências de fatores de risco e de proteção para DCNT segundo sexo, idade e satisfação com o trabalho.


Abstract Objective: to describe the prevalence of risk and protective factors for noncomunicable chronic diseases (NCD) and test the association of these factors with sex, age, and job satisfaction among public primary and secondary schools teachers. Methods: analytical cross-sectional study in Montes Claros, MG, Brazil, carried out in 2016. We applied the probability cluster sampling technique. We used a self-applicable questionnaire and physical evaluations. We estimated Prevalence ratios (PR) and 95% Confidence Intervals (95%CI) using Poisson's regression. Results: of the 745 participants, 83% were women, 81% were 49 years old or younger, and 60% were unsatisfied with work. Smoking was more prevalent among men (PR: 2.33; 95%CI: 1.13;4.81), as well as alcohol abuse (PR: 7.24; 95%CI: 2.19;23.91), overweight (PR:1.48; 95%CI: 1.04;2.13), lower prevalence of depressive symptoms (PR: 0.93; 95%CI: 0.88;0.98) and stress (PR: 0.88; 95%CI: 0.82;0.95). Older teachers had a lower prevalence of burnout (PR: 0.87; 95%CI: 0.81;0.94) and a higher prevalence of protective behaviors, despite having a greater impairment of physical health. Unsatisfied teachers showed higher prevalence of depressive symptoms (PR: 2.52; 95%CI: 1.61;3.93), stress (PR: 1.76; 95%CI: 1.33;2.32), and burnout (PR: 9.20; 95%CI: 4.46;18.99). Conclusions: smoking, alcoholism, overweight, and mental health impairment were frequent risk factors for NCD among teachers. Differences were observed in the prevalence of risk and protection factors for NCD according to sex, age, and job satisfaction.

20.
Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online) ; 23: e20220169, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1431255

RESUMO

Abstract Objectives: to estimate the prevalence of perceived stress and verify the associated factors in pregnant women assisted by Family Health teams in Montes Claros, Minas Gerais - Brazil. Methods: epidemiological, cross-sectional, and analytical study, nested in a population-based cohort. Sociodemographic and obstetric characteristics and physical and mental health conditions were assessed. The stress level was estimated by the Perceived Stress Scale (PSS-14). Descriptive and bivariate analyses were conducted, followed by the Poisson Regression model with robust variance. Results: a total of 1,279 pregnant women participated. The prevalence of high-stress levels was 23.5% (CI95%=20.8%-26.2%). The outcome was more prevalent among pregnant women aged above 35 years (PR=1.38; CI95%=1.09-1.74) and less than or equal to 19 (PR=1.41; CI95%=1.13-1.77); without a partner (PR=1.33; CI95%=1.09-1.62); with low social support (PR=1.42; CI95%=1.18-1.70); multiparous (PR=1.30; CI95%=1.02-1.66); with current unplanned pregnancy (PR=1.23; CI95%=1.00-1.52); urinary tract infection (PR=1.35; CI95%=1.12-1.62); high level of anxiety symptoms (PR=1.42; CI95%=1.18-1.71); severe (PR=4.74; CI95%=3.60-6.26) and moderate (PR=3.19; CI95%=2.31-4.39) symptoms of depression; and neurological complaints (PR=1.77; CI95%=1.27-2.47). Conclusions: there was a significant prevalence of high perceived stress among pregnant women, an outcome associated with sociodemographic, clinical, obstetric, and emotional factors, which demonstrates the need for comprehensive care of pregnant women's health.


Resumo Objetivos: estimar a prevalência de estresse percebido e verificar os fatores associados em gestantes assistidas por equipes da Saúde da Família de Montes Claros, Minas Gerais - Brasil. Métodos: estudo epidemiológico, transversal e analítico, aninhado a uma coorte de base populacional. Avaliaram-se características sociodemográficas, obstétricas, condições de saúde física e mental. O nível de estresse foi estimado pela Escala de Estresse Percebido (Perceveid Stress Scale, PSS-14). Foram conduzidas análise descritiva e bivariada, seguidas do modelo de Regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: participaram 1.279 gestantes. A prevalência do nível de estresse elevado foi de 23,5% (IC95%=20,8%-26,2%). O desfecho foi mais prevalente entre gestantes com idade acima dos 35 anos (RP=1,38; IC95%=1,09-1,74) e menor ou igual a 19 (RP=1,41; IC95%=1,13-1,77); sem companheiro(a) (RP=1,33; IC95%=1,09-1,62); com baixo apoio social (RP=1,42; IC95%=1,18-1,70); multíparas (RP=1,30; IC95%=1,02-1,66); com gravidez atual não planejada (RP=1,23; IC95%=1,00-1,52); infecção urinária (RP=1,35; IC95%=1,12-1,62); alto nível de sintomas de ansiedade (RP=1,42; IC95%=1,18-1,71); sintomas graves (RP=4,74; IC95%=3,60-6,26) e moderados (RP=3,19; IC95%=2,31-4,39) de depressão; e queixas neurológicas (RP=1,77; IC95%=1,27-2,47). Conclusões: houve expressiva prevalência de elevado estresse percebido entre gestantes, desfecho associado a fatores sociodemográficos, clínicos, obstétricos e condições emocionais, o que demonstra a necessidade de atenção integral à saúde da gestante.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Estresse Fisiológico , Saúde Mental , Assistência Integral à Saúde , Gestantes/psicologia , Atenção Primária à Saúde , Brasil/epidemiologia , Inquéritos Epidemiológicos , Fatores Sociodemográficos
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA